domingo, 18 de julho de 2010

Dance with my father again

Existem dores que não falecem nunca!
Não as conseguimos enterrar, nem tão pouco esquecer, e que nos ficam, irremediavelmente, marcadas na memória como uma cicatriz permanentemente aberta!

Faz hoje 16 anos, uma dessas dores chegou-me de forma súbita, crua e chocante! A partir desse momento ficou a morar em mim a solidão, o abandono sentido da tua perda, um vazio que me consome, por vezes, a alegria, como se fosse um buraco negro perdido na minha alma.

Parte de mim ficou irremediavelmente perdida nesse universo de tristeza, de projecções que não foram realizadas, de histórias que não foram contadas, de desejos não concretizados… e, simultaneamente, são muitas as recordações que ficaram presas à minha memória e que sofrem por terem terminado de crescer e, hoje, não passarem apenas de doces lembranças.

Não! Não se esquece! Esta dor não acaba por passar!
Aprende-se a conviver com ela, um pouco mais todos os dias, porque esta dor é inevitável! Por todos os silêncios, que agora são constantes, por todos os beijos que deixei de dar e receber, por todos os abraços que se anularam, e pela mão protectora que me deixou de acarinhar a cabeça!

Hoje, porque te amo pela eternidade, se pudesse congelar o tempo, era contigo que dançava!

Luther Vandross - Dance with my father again

4 comentários:

Fernando disse...

A Vida é Dor. O mais injusto sobre a vida é a maneira como ela termina.

Fernando.

Unknown disse...

Concordo contigo, meu amigo!

Acredita que por vezes a forma como ela termina pode provocar, mesmo, muita dor...

Abraço

Anónimo disse...

A vida não termina, continua de outra forma.

Unknown disse...

Ok, tem razão, caro Anónimo!

Rectifico, então: da forma física como pode terminar...